SINTOMAS DE ANSIEDADE GENERALIZADA ENTRE MÉDICOS RESIDENTES CONFORME ATUAÇÃO EM SERVIÇOS DE URGÊNCIA E EMERGÊNCIA

Resumen

Introdução: Fatores relacionados ao ambiente de trabalho podem favorecer o aparecimento de sintomas de ansiedade generalizada em médicos residentes. Objetivo: Avaliar a presença de sintomas de ansiedade generalizada entre médicos residentes conforme atuação em serviços de urgência e emergência. Método: Delineamento transversal analítico, desenvolvido em um hospital universitário do nordeste do Brasil, com coleta de dados realizada no período de agosto a setembro de 2020. A população do estudo compreendeu alunos da Residência Médica. Foram coletados dados socioeducacionais e de trabalho e foi aplicada a Generalized Anxiety Disorder 7-item scale (GAD-7). Resultados: Os residentes médicos tiveram média de idade de 28,3 anos e encontravam-se, principalmente, no primeiro ano do programa (64,6%). De modo geral, a maioria considerou a carga de trabalho excessiva (67,1%). Os residentes que atuavam em atendimentos de urgência e emergência apresentaram maiores frequências em todos os níveis de presença de sintomas de ansiedade: leve (29,3% vs. 15,9%), moderado (11,0% vs. 1,2%) e grave (11,0% vs. 1,2%). Foi verificada associação entre a presença de transtorno de ansiedade generalizada e a atuação em serviços de urgência e emergência (p=0,042), com prevalência 32,9% maior em comparação aos que não atuavam. Não foram verificadas relações com as características socioeducacionais e de trabalho. Conclusão: Existe associação entre a presença de transtorno de ansiedade generalizada e a atuação em serviço de urgência e emergência em médicos residentes.