PERFIL E AUTOPERCEPÇÃO DE SAÚDE BUCAL DE MÃES DE BEBÊS INTERNADOS EM UNIDADE DE TERAPIA INTENSIVA NEONATAL
DOI:
https://doi.org/10.64671/ts.v23i3.53Palavras-chave:
Saúde Bucal, Autopercepção, Mães, Neonato, Unidade Neonatal de Terapia Intensiva.Resumo
A hospitalização intensiva de bebês ocasiona percepções negativas sobre as mães e desfavorecem sua autopercepção em saúde bucal. O objetivo deste estudo foi descrever o perfil de mães de bebês internados na Unidade de Terapia Intensiva Neonatal (UTIN), investigando sua autopercepção em saúde bucal. Trata-se de uma pesquisa transversal exploratória, com abordagem quantitativa. Os dados primários foram coletados através de instrumento semiestruturado original contendo aspectos socioeconômicos, de saúde gestacional e autopercepção materna em saúde bucal, direcionado às mães de bebês internados em UTIN de um hospital-escola da região Sul, por no mínimo cinco dias, durante 12 meses. Os dados secundários foram coletados do prontuário eletrônico do bebê. A análise das informações foi através de mineração de dados, dividindo os grupos mães de bebês de alta permanência (AP) em UTIN e baixa permanência. Dentre as 37 mães, 67% estavam hospedadas em ambiente hospitalar, 2% apresentavam experiência prévia em UTIN e 48% consideradas mães de bebês de AP em UTIN. A autopercepção materna em saúde bucal revelou valores absolutos maiores para desmotivação e insatisfação com cuidados bucais, insatisfação com aparência bucal e menor para autoclassificação geral de saúde bucal no grupo AP em UTIN. Ademais, as razões de chance revelaram que uma mãe que não realizou o pré-natal odontológico tem 2.17 mais chances de ter um filho com AP na UTIN. As mães encaixadas no grupo AP tiveram sua autopercepção em saúde bucal afetada de forma negativa. No entanto, não houve diferença estatisticamente significativa entre os grupos de alta e baixa permanência em UTIN.
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