ESTRESSE EM TRABALHADORES DA ATENÇÃO PRIMÁRIA À SAÚDE EM TEMPOS DE PANDEMIA DO SARS-COV-2
DOI:
https://doi.org/10.64671/ts.v22i3.101Palavras-chave:
Saúde do Trabalhador, COVID-19, Estresse, Promoção da SaúdeResumo
Objetivou-se avaliar o nível de estresse dos trabalhadores da Atenção Primária em Saúde, de Patos-PB, antes e depois da pandemia do SARS-COV-2. O estudo caracterizou-se como analítico, transversal e com abordagem quantitativa. Disponibilizaram-se a participar do estudo a 38 trabalhadores da Atenção Primária à Saúde do município de Patos, Paraíba. Para tanto, aplicou-se um instrumento contendo dados sociodemográficos e dois instrumentos validados: Inventário dos Sintomas de Stress de Lipp, Teste do Nível de Estresse e Escala do Estresse Percebido. Os dados foram analisados mediante estatística descritiva de tendência central (média e mediana) e medidas de dispersão (desvio padrão) e inferencial, tais como, teste de correlação de Pearson, test t e ANOVA. Quanto aos resultados, os trabalhadores tinham, majoritariamente, idade entre 31 e 45 anos, na maioria do sexo feminino, casada e da categoria de Enfermagem. Apresentaram médias de 17,76 na Escala de Estresse Percebido, 303,50 no Teste de Nível de Estresse e apresentaram médias de 3,11 (DP = 2,09), 5,08 (DP = 3,42) e 4,03 (DP = 3,56), no Inventário de Sintomas de Stress nas fases de alerta, resistência e exaustão, respectivamente. Ademais, verificou-se uma correlação positiva e moderada entre Estresse Percebido e as fases Resistência (r = 0,50; p < 0,001) e Exaustão (r = 0,52; p < 0,001) do Inventário de Sintomas de Stress. Contudo, a fase Exaustão se correlacionou positivamente com as dimensões Trabalho (r = 0,37; p < 0,022) e Financeiro (r = 0,45; p < 0,004). Os achados desta pesquisa possibilitaram perceber que o nível de estresse dos profissionais da Atenção Primária à Saúde foi significativo, demandando cuidados e intervenções em prol da promoção da saúde do trabalhador em tempos de crises.
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