ACIDENTES DE TRANSPORTE ENVOLVENDO MOTOCICLISTAS: ANÁLISE DOS DADOS DE MORBIDADE E MORTALIDADE NA REGIÃO NORDESTE
DOI:
https://doi.org/10.29327/213319.23.4-1Palavras-chave:
Acidentes de trânsito, Morbidade, MortalidadeResumo
Os acidentes de trânsito constituem o grupo de causas externas de morbimortalidade, representando um dos grandes problemas de saúde pública mundial. Segundo a Organização Mundial de Saúde, eles são responsáveis por mais de 1,35 milhão de mortes anuais, e por cerca de 50 milhões de feridos. Diante disso, na presente pesquisa objetivou analisar os dados oficiais disponíveis acerca do número de óbitos e hospitalizações decorrentes de acidentes motociclísticos, no Sistema Único de Saúde. Trata-se de um estudo ecológico, retrospectivo, de natureza descritiva e abordagem quantitativa. Os dados secundários foram obtidos do Sistema de Informação sobre Mortalidade e do Sistema de Informação Hospitalar e avaliados de acordo com algumas variáveis sociodemográficas. Os resultados demonstraram um aumento no número de óbitos, sobretudo entre os anos de 2011 e 2016, a partir do qual houve uma pequena redução. Os dados de morbidade apresentaram uma elevação de 2011 a 2019, com regressão em 2020. Os estados com maiores índices de mortalidade e morbidade foram o Pernambuco e o Ceará, respectivamente. Quanto à faixa etária, a mais acometida por óbitos e hospitalizações foi a de 20 a 59 anos. Acerca da variável “cor/raça”, a sua morbimortalidade evidenciou um predomínio da cor parda, que também é a mais prevalente nas populações. Em todos esses parâmetros houve uma predominância do sexo masculino. Referente especificamente aos dados de mortalidade, a escolaridade das vítimas variou principalmente de 4 a 7 anos de estudo, na variável “estado civil”, a categoria intitulada “sem companheiro” foi a mais acometida. Sobre o local de ocorrência do óbito, a via pública registrou a maior quantidade de vítimas, evidenciando a elevada letalidade desses acidentes. Evidencia-se, portanto, uma necessidade urgente de medidas intervencionistas nas rodovias e sobre seus usuários, ligadas à organização e a educação no trânsito, afinal, trata-se de uma realidade totalmente reversível.
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