ASPECTOS EPIDEMIOLÓGICOS DA SÍFILIS CONGÊNITA NA CIDADE DE CAJAZEIRAS – PB
DOI:
https://doi.org/10.64671/ts.v23i3.46Palabras clave:
Epidemiologia, Saúde Pública, Sífilis, Sífilis CongênitaResumen
A sífilis é uma doença infecciosa que detém de tratamento, porém ainda apresenta uma alta prevalência em território nacional. A Sífilis Congênita é resultado de uma disseminação hematogênica via transplacentária de uma gestante tratada de forma inadequada ou não tratada. A partir disso, o presente trabalho tem como objetivo analisar o quadro epidemiológico da Sífilis Congênita na cidade de Cajazeiras-PB ao longo de 10 anos (2011 – 2020). Trata-se de um estudo ecológico, do tipo transversal analítico, com abordagem quali-quantitativa. A pesquisa se desenvolveu a partir de dados colhidos na página online do Departamento de Informática do Sistema Único de Saúde (DATASUS), na área do Sistema de Informações de Agravos de Notificação- SINAN. Entre os anos de 2011 e 2020 Cajazeiras registrou 51 casos, sendo o ano de 2013 em que houve um maior número registros. Quanto às notificações referentes à raça ou cor foram 22 identificados como brancos (43,13%); 21 pardos (41,11%); e 8 não foram relatados (15,6%). No que se refere ao nível de escolaridade das mães que tiveram filhos com sífilis congênita, 42 das 51 notificações (82,3%) ignoraram este critério. A maioria dos casos notificados afirmou ter realizado pré-natal, um total de 41 casos (cerca de 80,4%). Em relação ao tratamento dos parceiros, 23,52% não realizaram tratamento para sífilis e o restante teve esse dado ignorado/branco. No que concerne ao momento de diagnóstico, 58,8% dos casos foram detectados no momento do parto/curetagem e 33,3% durante o pré-natal. Já 91,1% dos recém-nascidos se mantiveram vivos, enquanto que 4,4% evoluíram para óbito causado por sífilis congênita. A sífilis congênita é um problema de saúde pública que necessita de manejo multidisciplinar, por conta de suas características, sua condução e suas repercussões. Os dados mostram que o município de Cajazeiras-PB segue a tendência nacional de apresentar um alto potencial para a ocorrência dessa enfermidade. Logo, mais estudos são relevantes para possibilitar a atuação no encontro de soluções que diminuam sua prevalência.
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