SÍFILIS GESTACIONAL E CONGÊNITA: ADESÃO AO TRATAMENTO E SEGUIMENTO EM UMA MATERNIDADE DO NORDESTE BRASILEIRO

Autores/as

  • Izailza Matos Dantas Lopes Universidade Tiradentes Autor/a
  • Gledson Lima Alves Junior Universidade Tiradentes Autor/a
  • João Victor Andrade Pimentel Universidade Federal de Sergipe Autor/a
  • José Rodrigo dos Santos Silva Universidade Federal de Sergipe Autor/a
  • Francisco Prado Reis Universidade Tiradentes Autor/a
  • Sonia Oliveira Lima Universidade Tiradentes Autor/a

DOI:

https://doi.org/10.29327/213319.23.6-11

Palabras clave:

Adesão, Epidemiologia, Fatores socioeconômicos, Sífilis, Tratamento

Resumen

Analisar os fatores socioeconômicos dos genitores e a adesão ao tratamento e seguimento da sífilis congênita (SC) em uma Maternidade Filantrópica. Foi realizada um estudo transversal de dados do cartão da gestante com sífilis e dos prontuários de crianças com SC acompanhadas no ambulatório do Hospital e Maternidade Santa Isabel em Aracaju SE, de abril de 2021 a março de 2023. Foram utilizados critérios de definição de SC do Ministério da Saúde do Brasil. Dos 165 cartões de pré-natal e prontuários, 99 dos responsáveis não compareceram para o seguimento após tratamento dos bebês até os 18 meses. A maioria dos genitores eram jovens, com baixa escolaridade, 59,3% tinham renda de meio a um salário mínimo, 53,1% recebiam auxílio governamental e 71,2 % das mães não trabalhavam. Os motivos da inadequação do tratamento materno foram a não comprovação do tratamento, início tardio, dose e intervalo incorreto da penicilina, a titulação do Venereal Disease Research Laboratory (VDRL) teve aumento em duas diluições. Verificou-se alta vulnerabilidade social, baixa adesão materna no tratamento da sífilis e no seguimento dos seus conceptos com SC, o que deixa dúvidas sobre falha terapêutica.

Referencias

BERMAN, S.M. Maternal syphilis: pathophysiology and treatment. Bull World Health Organ, v. 82, n. 6, p. 433-8, 2004.

BLENCOWE, H. et al. Lives Saved Tool supplement detection and treatment of syphilis in pregnancy to reduce syphilis related stillbirths and neonatal mortality. BMC Public Health, v. 13, p. 11, 2011.

BRASIL. Ministério da Saúde. Atenção ao pré-natal de baixo risco. Brasília: Ministério da Saúde, Caderno de Atenção Básica nº 32, 2012.

BRASIL. Ministério da Saúde. Boletim Epidemiológico - Secretaria de Vigilância em Saúde. 2023.

BRASIL. Ministério da Saúde. Diretrizes para o controle da sífilis congênita. Programa Nacional de DST e Aids. Série Manuais nº 62. Brasília: Ministério da Saúde; 2005.

BRASIL. Ministério da Saúde. Protocolo Clínico e Diretrizes Terapêuticas para Prevenção da Transmissão Vertical de HIV, Sífilis e Hepatites Virais. Brasília: Ministério da Saúde; 2022.

CAVALCANTE, A.N.M. et al. Factors associated with inadequate follow-up of children with congenital syphilis. Rev Saude Publica, v. 21, n. 53, p. 95, 2019.

CDC. Centers for Disease Control and Prevention. Surviellance of sexually transmitted disease. 2018. Disponível em: https://www.cdc.gov/std/stats18/syphilis.htm4. Acesso em: 20 julho 2023.

DOMINGUES, C.S.B. et al. Protocolo Brasileiro para Infecções Sexualmente Transmissíveis 2020: sífilis congênita e criança exposta à sífilis [Brazilian Protocol for Sexually Transmitted Infections 2020: congenital syphilis and child exposed to syphilis]. Epidemiol Serv Saude, v. 30, p. e2021266, 2021.

DOMINGUES, R.M.; LEAL, M.C. Incidência de sífilis congênita e fatores associados à transmissão vertical da sífilis: dados do estudo Nascer no Brasil [Incidence of congenital syphilis and factors associated with vertical transmission: data from the Birth in Brazil study]. Cad Saude Publica, v. 32, n. 6, p. 102-311, 2016.

FELIZ, M.C. Adherence to the follow-up of the newborn exposed to syphilis and factors associated with loss to follow-up. Rev Bras Epidemiol, v. 19, n. 4, p. 727-739, Oct-Dec, 2016.

GARCIA, L.N. et al. Congenital syphilis in Argentina: Experience in a pediatric hospital. PLoS Negl Trop Dis, Jan., 2021.

GOMEZ, G.B. et al. Untreated maternal syphilis and adverse outcomes of pregnancy: a systematic review and meta-analysis. Bull World Health Organ, v. 91, n. 3, p. 217-26, 2013.

GRIMPREL, E. et al. Use of polymerase chain reaction and rabbit infectivity testing to detect Treponema pallidum in amniotic fluid, fetal and neonatal sera, and cerebrospinal fluid. J Clin Microbiol, v. 29, n. 8, p. 1711-8, 1991.

LAGO, E.G.; VACCARI, A.; FIORI, R.M. Clinical features and follow-up of congenital syphilis. Sex Transm Dis, v. 40, n. 2, p. 85-94, Feb., 2013.

LOPES, I.M.D. et al. Adhesion to the monitoring of newborns from VDRL positive mothers. Medicalexpres, v. 3, n. 6, p. 1-6, 2016. Disponível em: https://doi.org/10.5935/. Acesso em: 15 junho 2023.

MAGALHÃES, D.M. et al. Sífilis materna e congênita: ainda um desafio [Maternal and congenital syphilis: a persistent challenge]. Cad Saude Publica, v. 29, n. 6, p. 1109-20, 2013.

QURESHI, F.; JACQUES, S.M.; REYES, M.P. Placental histopathology in syphilis. Hum Pathol, v. 24, n. 7, p. 779-84, 1993.

RAC, M.W.; REVELL, P.A.; EPPES, C.S. Syphilis during pregnancy: a preventable threat to maternal-fetal health. Am J Obstet Gynecol, v. 216, n. 4, p. 352-363, 2017.

RAHMAN, M.M. et al. Preventing Congenital Syphilis-Opportunities Identified by Congenital Syphilis Case Review Boards. Sex Transm Dis, v. 46, n. 2, p. 139-142, 2019.

RAWSTRON S.A. et al. Congenital syphilis and fluorescent treponemal antibody test reactivity after the age of 1 year. Sex Transm Dis, v. 28, n. 7, p. 412-6, Jul., 2001.

RICCI, J.M.; FOJACO, R.M.; O'SULLIVAN, M.J. Congenital syphilis: the University of Miami. Jackson Memorial Medical Center experience, 1986-1988. Obstet Gynecol., p. 687-93, Nov., 1989.

THUMS, M.A. et al. Oral manifestations of syphilis: an epidemiological study in southern Brazil. Aust Dent J, v. 66, n. 3, p. 289-294, 2021.

VESCOVI, J.S.; SCHUELTER-TREVISOL, F. Increase of incidence of congenital syphilis in santa catarina state between 2007-2017: Temporal trend analysis. Rev Paul Pediatr, 2020.

WAN, W.Z. et al. Factors associated with congenital syphilis: A retrospective study in Jiangxi Province, China. International Journal of STD & AIDS, p. 156-163, 2022.

Publicado

2025-09-25

Cómo citar

SÍFILIS GESTACIONAL E CONGÊNITA: ADESÃO AO TRATAMENTO E SEGUIMENTO EM UMA MATERNIDADE DO NORDESTE BRASILEIRO. (2025). Temas Em Saúde , 23(6), 131-145. https://doi.org/10.29327/213319.23.6-11