ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM NO CENTRO CIRÚRGICO FRENTE À PANDEMIA DA COVID-19, À LUZ DA TEORIA DE FLORENCE NIGHTINGALE

Abstract

Introdução: A pandemia desencadeada pela COVID-19 ocasionou vários obstáculos para a assistência à saúde, sobretudo no cuidado ao paciente cirúrgico. Diante desse cenário, com vistas à reorganização do cuidado, é fundamental que a prática da Enfermagem esteja alicerçada em pressupostos teóricos. A Teoria Ambientalista de Florence Nightingale faz-se atual e relevante para prevenção da transmissão do novo Coronavírus, assim como para assistência dos profissionais de Enfermagem aos indivíduos doentes. Objetivo: avaliar a assistência de Enfermagem no Centro Cirúrgico, durante a pandemia da COVID-19, à luz da teoria de Florence Nightingale. Metodologia: Trata-se de um estudo descritivo, com abordagem qualitativa. A pesquisa foi realizada no Hospital Universitário Júlio Maria Bandeira de Mello, Cajazeiras, Paraíba. A amostra foi constituída por 27 profissionais da equipe de Enfermagem que atuam no setor de Centro Cirúrgico, mediante assinatura do Termo de Consentimento Livre e Esclarecido (TCLE). Foi utilizada uma entrevista semiestruturada para a coleta de dados, com questões objetivas e subjetivas. Os dados coletados foram compilados pelo software IRaMuTeQ e utilizou-se da análise multivariada por meio da Classificação Hierárquica Descendente (CHD). Resultados: A análise do corpus resultou em 85 Segmentos de Texto (ST) e originou seis classes/categorias: Impacto da pandemia na assistência; Adequação da assistência na pandemia; Funcionamento do CC na pandemia; Conhecimento acerca da Teoria Ambientalista; Aspectos que envolvem a Teoria Ambientalista e O uso dos EPIs. Essas classes refletiram como se deu a assistência de Enfermagem durante a pandemia, no setor de Centro Cirúrgico e possibilitaram a análise descritiva dos dados qualitativos à luz da Teoria Ambientalista. Conclusão: A assistência de Enfermagem no Centro Cirúrgico, durante a pandemia, se deu através da adaptação às mudanças de funcionamento do setor, da nova rotina de trabalho e da influência do ambiente. Está evidenciada pelo medo da contaminação, pela constante higienização das mãos e do ambiente, pelo distanciamento, pela preocupação com a eliminação de aerossóis, com a paramentação e desparamentação, assim como pelo intenso uso de EPIs.