EXISTE DIFERENÇA NA INTENSIDADE DE DOR MUSCULOESQUELÉTICA ENTRE MOTORISTA DE ÔNIBUS E MOTOTAXISTAS? UM ESTUDO TRANSVERSAL

Autores

  • Orivaldo Florencio de Souza Universidade Federal do Acre, Rio Branco, AC Autor
  • Narjara Campos de Araújo Faculdade de Medicina do ABC, Santo André, SP Autor
  • Daiane Lima de Oliveira Melo Universidade Federal do Acre, Rio Branco, AC Autor
  • Elyecleyde Katiane da Silva Oliveira Faculdade de Medicina do ABC, Santo André, SP Autor
  • Margarida de Aquino Cunha Universidade Federal do Acre, Rio Branco, AC. Autor
  • Edson dos Santos Farias Universidade Federal do Rondônia, Porto Velho, RO Autor

DOI:

https://doi.org/10.64671/ts.v23i3.48

Palavras-chave:

Dor Musculoesquelética, Medição da Dor, Saúde do Trabalhador

Resumo

Justificativa e Objetivos: Os motoristas de ônibus e mototaxistas tem demandas ocupacionais que podem acarretar dores musculoesqueléticas em diferentes partes do corpo. Assim, o objetivo deste estudo foi comparar as diferenças de intensidade de dor musculoesquelética entre motoristas de ônibus e mototaxistas da cidade de Rio Branco, Acre. Métodos: Estudo transversal realizado com 213 motorista de ônibus e 296 mototaxista. O questionário nórdico de sintomas musculoesqueléticos foi usado para averiguar a dor autorrelata nos últimos 7 dias em 9 regiões corporais. A intensidade de dor foi averiguada pela escala numérica de dor. Resultados: Os motoristas de ônibus tiveram maior número de regiões corporais com dor musculoesquelética moderada/intensa. Os mototaxistas tiveram maior prevalência dor leve e moderada/intensa na região dos punhos/mãos/dedos. Ambas profissões apresentaram alta prevalência de dor musculoesquelética moderada/intensa na região lombar. Conclusão: os motoristas de ônibus e mototaxistas apresentaram marcantes diferenças na intensidade dor musculoesquelética. Essas informações serão benéficas para ações preventivas.

Referências

ARAÚJO, N. C. de et al. Osteomuscular symptoms on motorcycles in the city of Rio Branco, Acre, Brazil, West Amazon. Medicine, v. 100, n. 16, p. e25549, 2021.

ARSLAN, S. A. et al. Comparative effect of driving side on low back pain due to Repetitive Ipsilateral Rotation. Pakistan Journal of Medical Sciences, v. 35, n. 4, p. 1018–1023, 2019.

CHEN, H.-C. et al. Whole-body vibration exposure experienced by motorcycle riders – An evaluation according to ISO 2631-1 and ISO 2631-5 standards. International Journal of Industrial Ergonomics, v. 39, n. 5, p. 708–718, 2009.

DA SILVA, M. B.; DE OLIVEIRA, M. B.; FONTANA, R. T. Atividade do mototaxista: riscos e fragilidades autorreferidos. Revista Brasileira de Enfermagem, v. 64, n. 6, p. 1048–1055, 2011.

DE AZEVEDO, A. T.; BENEDITO, V. de L.; SILVA-JUNIOR, J. S. Sick leave due to dorsopathies among bus drivers from a company in São Paulo, Brazil. Revista Brasileira De Medicina do Trabalho, v. 20, n. 2, p. 249–253, 2022.

DE DAVID, C. N. et al. The burden of low back pain in Brazil: estimates from the Global Burden of Disease 2017 Study. Population Health Metrics, v. 18, n. Suppl 1, p. 12, 2020.

DICKINSON, C. E. et al. Questionnaire development: an examination of the Nordic Musculoskeletal questionnaire. Applied Ergonomics, v. 23, n. 3, p. 197–201, 1992.

DRISCOLL, T. et al. The global burden of occupationally related low back pain: estimates from the Global Burden of Disease 2010 study. Annals of the Rheumatic Diseases, v. 73, n. 6, p. 975–981, 2014.

FERREIRA-VALENTE, M. A.; PAIS-RIBEIRO, J. L.; JENSEN, M. P. Validity of four pain intensity rating scales. Pain, v. 152, n. 10, p. 2399–2404, 2011.

FIGLUS, T.; SZAFRANIEC, P.; SKRÚCANÝ, T. Methods of Measuring and Processing Signals during Tests of the Exposure of a Motorcycle Driver to Vibration and Noise. International Journal of Environmental Research and Public Health, v. 16, n. 17, p. 3145, 2019.

HAKIM, S.; MOHSEN, A. Work-related and ergonomic risk factors associated with low back pain among bus drivers. The Journal of the Egyptian Public Health Association, v. 92, n. 3, p. 195–201, 2017.

KARCIOGLU, O. et al. A systematic review of the pain scales in adults: Which to use? The American Journal of Emergency Medicine, v. 36, n. 4, p. 707–714, 2018.

KUORINKA, I. et al. Standardised Nordic questionnaires for the analysis of musculoskeletal symptoms. Applied Ergonomics, v. 18, n. 3, p. 233–237, 1987.

LEWIS, C. A.; JOHNSON, P. W. Whole-body vibration exposure in metropolitan bus drivers. Occupational Medicine (Oxford, England), v. 62, n. 7, p. 519–524, 2012.

NOH, J. M. et al. Transmission of Vibration from Motorcycle Handlebar to the Hand. Journal of the Society of Automotive Engineers Malaysia, v. 1, n. 3, p. 191–197, 2017.

PICKARD, O. et al. Musculoskeletal Disorders Associated with Occupational Driving: A Systematic Review Spanning 2006-2021. International Journal of Environmental Research and Public Health, v. 19, n. 11, p. 6837, 2022.

PINHEIRO, F. A.; TROCCOLI, B. T.; CARVALHO, C. V. de. Validação do Questionário Nórdico de Sintomas Osteomusculares como medida de morbidade. Revista de Saude Publica, v. 36, n. 3, p. 307–312, 2002.

SEBBAG, E. et al. The world-wide burden of musculoskeletal diseases: a systematic analysis of the World Health Organization Burden of Diseases Database. Annals of the Rheumatic Diseases, v. 78, n. 6, p. 844–848, 2019.

SIMÕES, M. R. L.; ASSUNÇÃO, A. Á.; MEDEIROS, A. M. de. Dor musculoesquelética em motoristas e cobradores de ônibus da Região Metropolitana de Belo Horizonte, Brasil. Ciência & Saúde Coletiva, v. 23, p. 1363–1374, 2018.

Downloads

Publicado

2025-10-10

Como Citar

EXISTE DIFERENÇA NA INTENSIDADE DE DOR MUSCULOESQUELÉTICA ENTRE MOTORISTA DE ÔNIBUS E MOTOTAXISTAS? UM ESTUDO TRANSVERSAL. (2025). Temas Em Saúde , 23(3), 49-59. https://doi.org/10.64671/ts.v23i3.48